Construção
do Conceito de número.
A criança desde que ela inicia na
educação infantil ela se depara com uma sala decorada de brinquedos, figuras,
letras coloridas etc. onde são usadas com brincadeiras lúdicas e pedagógicas
que os auxiliam na aprendizagem.
Na matemática a utilização das
brincadeiras infantis como atividades frequentes significa abrir canal para
explorar ideias referentes a número de modo bastante diferente do convencional,
ou seja, do tradicional. Enquanto brinca, a criança pode ser incentivada a
realizar contagens, comparações de quantidades, identificarem algarismos,
adicionar pontos que faz durante as brincadeiras, perceberem intervalos
numéricos, isto é, iniciar aprendizagem de conteúdos relacionados ao
desenvolvimento do pensar aritmético, afinal a criança aprende brincando desde
pequena.
A criança, desde o
nascimento, manifesta a necessidade de aprender passando a explorar o mundo a
sua volta até encontrar os primeiros obstáculos. Diante deles, ela começa a
organizar e construir seu pensamento As brincadeiras infantis apontam o caminho
para a estimulação da criatividade adormecida ou bloqueada pela insistente
interferência adulta.
Para ele, Vygotsky
(1991)a brincadeira é uma grande fonte de desenvolvimento que contém todas as tendências do
desenvolvimento de forma condensada.
No contesto de ensino e aprendizagem, o papel pedagógico do jogo deve
ser valorizado dentro do objetivo do professor na sala da aula, ou seja, o
desencadeamento de um trabalho de exploração e aplicação de conceitos
matemáticos. Além disso, o professor deve ser o mediador para que desafios
sejam lançados dentro dos jogos para que os alunos criem problemas e vão atrás
de suas soluções refletindo sobre sua jogada e qual estratégica seguir tendo
consciência da sua alta avaliação. O professor deve questionar conforme as
jogadas forem sendo feitas para que o jogo se torne um “instrumento” de
aprendizagem e não seja uma reprodução mecânica dos conceitos presentes, pois a
aprendizagem não se da mecanicamente como se fosse um monte de exercícios em
folha que já estão cansados de ver e dar sempre a mesma resposta.
Dessa forma é possível analisar que houve acertos e
erros o que levou a conceitos da matemática, assim o professor compreender como
se da o raciocínio da criança na sala de aula fazendo com que o
ensino-aprendizagem seja mais dinâmico e construtivo, por meio do jogo e
descobertas pelo próprio aluno que esta
jogando. O professor deve repensar a prática pedagógica,
estar aberto a novas possibilidades, podendo oferecer aos alunos os mais
diversos recursos que possam auxilia-lo a elaborar e construir o conhecimento,
atendendo a coletividade e ao mesmo tempo considerando as particularidades de
cada um. Segundo Piaget, os conhecimentos necessários para a
construção de conceito de números são os seguintes: conhecimento físico,
conhecimento lógico- matemático e conhecimento social. O primeiro diz respeito
ao conhecimento de propriedades físicas que estão nos objetos na realidade
externa, como peso, tamanho, cor, forma, características essas que podem ser
notadas a partir da observação direta de que um objeto. O conhecimento social
está relacionado às convenções estabelecidas pelas pessoas, de forma arbitrária
e que são socialmente transmitidas, de geração em geração. Como exemplo pode-se
citar: as datas comemorativas, o nome dado às coisas e objetos. E por fim o
conhecimento lógico- matemático que se diferencia dos outros por não poder ser
ensinado e só estruturado pela ação reflexiva a partir da manipulação dos
objetos.
Desse modo, o conhecimento lógico- matemático vai além da percepção dos
objetos, pois permite que uma pessoa estabeleça relações mentais entre eles,
tais como: a comparação, a correspondência, a conservação, a classificação, a
inclusão hierárquica, a Sequenciação e seriação.
Jean
Piaget, psicólogo suíço, além de explicar o desenvolvimento cognitivo,
investigou como se processa a construção do conceito de número pela criança.
Piaget propôs que o desenvolvimento cognitivo se processa em quatro estágios:
Sensório- motor (0 – 2 anos); pré-operacional (2- 6 anos); de operações
concretas (7- 11 anos); e de operações formais (12 anos em diante). Isso
significa dizer que a inteligência se modifica com o passar do tempo.
Destacaremos apenas os dois primeiros períodos, são neles que as
crianças constroem o conceito de número.
No período
Sensório- motor a atividade intelectual é de natureza sensorial e motora, onde
a criança percebe o ambiente e age sobre ele. Esse momento corresponde ao
período pré- numérico, pré-operacional, ou melhor, puramente intuitivo, a
criança só percebe os fatos através dos sentidos, à medida que ela manipula os
objetos.
Já o segundo estágio, pré-operacional
ou de inteligência intuitiva, a criança passa a desenvolver a capacidade
simbólica. Ela começa a usar símbolos mentais- imagens ou palavras- que
representam objetos que não estão presentes, o que lhe possibilita fazer
classificações. O número também é uma relação criada mentalmente por cada
indivíduo. Neste período, a criança classifica ao separar ou
agrupar objetos por suas semelhanças e diferenças, fixando desse modo, relações
das coisas do ambiente que o rodeia.
Partindo
do pressuposto que o melhor caminho para construção desse aprendizado, o fato
da criança construir seus conhecimentos a partir de sua vivencia compreendendo
a necessidade e o usa-la em diversas situações.